Fui consultar o dicionário a definição de crónico é “O que dura muito tempo” e no contexto médico, diz-se da “doença permanente no individuo”.

Uma depressão crónica, ou distimia são depressões geralmente de intensidade mais leve que os episódios de depressão maior. Os pacientes com depressão crônica (distimia) sofrem por não sentir prazer nas atividades habituais, e por terem as suas vidas imersas num irritabilidade e impaciência permanente. Os sintomas de depressão maior podem estar constantemente presentes por 2 anos ou mais.

Realmente Freud

dizia ao seu pupilo Gustav Yung

para largar da pretensão de

querer curar os doentes

e parece que a medicina

vive ainda muito agarrada

a esse paradigma.

A medicina convencional ainda tem exacerbado foco na categorização das doenças e numa necessidade em encaixar a pessoa num qualquer transtorno referenciado no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais que é o revisto DSM-5

Ainda que seja imprescindível identificar, pois sem isso não saberemos como atuar, o que se percebe é que ambos, profissional e paciente ficam nesse limbo como se fosse um diagnóstico fatalista.

E na maioria dos casos ao invés de promoverem a cura, os acompanhamentos trazem não mais do que, quase que uma formação intensiva sobre a patologia de que se padece.

O paciente, com o tempo,

já fala da sua doença,

com uma fluidez que

mais parece ele mesmo o Sr. Doutor.

Como se o paciente, se tivesse elevado a um estatuto qualquer, por padecer heroicamente a tal maleita.

E não, não estou a ironizar, estou a constatar factos.

Já se percebeu que para se entender o psicológico não basta apenas olhar o nosso consciente ou a nossa biologia ou química cerebral. É preciso largar as convenções e olhar mais profundamente o assunto.

Por isso cada vez mais psicólogos procuram formação em hipnose, em PNL, num trabalho transpessoal que aporte verdadeira cura e libertação.

É se complementando, se unindo, se respeitando que estas terapêuticas maravilhosas se tornaram em ferramentas de cura.

Vamos agora falar de 2 pontos extremamente importantes.

Os ganhos secundários!

Uma pessoa que padece de uma doença não é porque o quer de forma consciente, mas no seu profundo, muitas vezes emana tanto sentimento de abandono, de cansaço, de ser desvalorizado ou desconsiderado que uma doença cai como uma bênção pois trará alguma compaixão externa, nem que seja de desconhecidos e é por isso que a pessoa não tarda em falar da sua maleita com cada pessoa nova que conhece. Quer atenção!

Aquela doença, é a estratégia perfeita para que olhem para a minha dor. Ao menos agora é visível. O Sr. Doutor diagnosticou!

E acreditem que em 99% dos casos será assim. E se forem honestos, sabem que é assim. E está tudo bem. Ás vezes, é mesmo a única forma de sermos ouvidos. Mas não cometam o erro de ficar assim muito tempo. Vão procurar ajuda séria para que se possam restabelecer e retomar as vossas vidas. Se estais a fazer isso para chamar a atenção das pessoas que estão á vossa volta. Se é preciso isso… então essas pessoas jamais vos amaram ou vos respeitaram. Terminem com essa relação tóxica

Os medos da mudança!

Dos grandes medos das pessoas é o medo da mudança.

Centenas de casos, ou até milhares de casos que acompanhei nestes mais de 10 anos de prática eram de pessoas que ao começarem a ficar melhor começam a ter retrocessos.

Sabem porquê? Porque eu sei como é existir neste registo de dor e desrespeito e abandono de mim mesmo. Mas não sei viver feliz.

seta depressão E se as pessoas não quiserem mais ser meus amigos e se afastarem de mim?

seta depressão Se não gostarem da minha nova versão?

seta depressão Se me começarem a julgar quando estiver muito feliz, ou tiver muito sucesso?

seta depressão Então a pessoa muitas vezes tem esse choque.

Ao longo do processo terapêutico a pessoa começa a realizar as mudanças e a atrair a vida, os sonhos que deseja e entra em pânico.

Aí é preciso cuidar com muito respeito todas essas fragilidades e tudo se superará. No final vai perceber que não havia outra forma, outro remédio que esse mergulho na sua verdadeira essência. Como terapeutas, devemos ensinar o paciente a viver sem o sintoma.

2 fatores importantes a olhar

– Medicação

O simples facto de iniciar a toma de medicação faz que o paciente permaneça no estado que está! A partir do momento que um individuo inicia um tratamento medicamentoso está a por de lado a verdadeira cura. A possibilidade da sua sabedoria interior poder atuar no sentido da cura. O corpo tem o poder de regenerar feridas abertas, ossos partidos, não acham que não teria possibilidade de se auto-regenerar de feridas emocionais se ponderarmos essa possibilidade com seriedade?

– Rapor

O paciente tem que se sentir bem acolhido para se abrir ao processo de cura orientado pelo psicoterapeuta!

Obviamente que a forma como é desencadeada toda a dinâmica entre profissional e terapeuta é fundamental. Não há que levar as nossas referencias á consulta. Há que promover uma escuta activa, focada integralmente em tudo que o paciente nos trás. E pouco é do que ele diz. Há tanto que ele comunica a cada fração de o segundo que chega á recepção, se senta na cadeira do consultório e até que se despede. Tudo isso são perolas para qualquer bom psicoterapeuta. Mas claro que se eu atender 7 ou 8 pessoas por dia 5 dias na semana, não vou ver energia anímica para atentar a tudo o que é preciso.

Por isso na TERAPIAS DA MENTE® dedicamos o tempo que é preciso para poder olhar e ver tudo o que o paciente nos quer transmitir, principalmente quando não está a dizer nada.

 

A depressão é um estado de tristeza que se pode perlongar no tempo, mas não é crónica, no sentido de não ter cura. Tem cura! Mas dá trabalho!

Importa saber se é o que quer realmente. Está disposto a assumir esse compromisso consigo mesmo?

Não precisa de fazer o caminho sozinho. Aliás, se pensa que consegue resolver a sua vida sozinho, deixe-me fazer-lhe uma pergunta. Como tem resultado até agora?

Só precisa de dar o primeiro passo, Depressão crónicanós estaremos aqui deste lado para que inicie a caminhada DA SUA VIDA!

Prometo que vai valer a pena! Depressão crónica

 

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