O que é a depressão?

A depressão é excesso de passado, assim como a ansiedade é excesso de futuro.

A depressão é, em última análise, repressão. A pessoa reprimiu-se durante longos períodos de tempo, por isso, deprime. Aos poucos, a pessoa perde a sua capacidade de reagir e de agir. Perde a sua capacidade de estar alegre ou animada com alguma coisa.

As crenças do depressivo

1 – O depressivo é cinestésico. Os pensamentos são sempre focados para as suas questões internas. Dizemos que os sentimentos estão à flor da pele.  É preciso dar-lhe tempo.

2 – O depressivo é interno. Deixou de prestar atenção ao mundo exterior. Está preso aos seus sentimentos. O discurso é sempre voltado para o passado. Na maioria das vezes, questões de infância, principalmente questões maternas mal resolvidas. Criança que não foi bem amada.

3 – O deprimido está desgastado pela vida. Está demasiado com os outros e com ele próprio. Sem energia. E o que é preciso mostrar-lhe é que qualquer castelo tem uma passagem secreta.

4 – O deprimido possui a crença que não vai melhorar. Precisa de apoio e compreensão. Ele não está assim porque quer. O processo tem que acontecer em doses pequenas. É como se estivéssemos a dar comida a quem esteve num longo período de jejum.

Como devemos tratar em terapia?

1- Diminuir a pressão. Perceber o que falta a esta pessoa. O que é que ela não consegue ver?

2- Mostrar-lhe que existe um lugar no tempo ou no espaço em que ela já foi feliz ou que pode ser feliz.

3- Depois perceber como estão os seus limites.

4- Precisamos de ir lá atrás ao passado e entrar em contacto com a criança interior. Dar-lhe amor.

5- Libertar-se de todos os fardos. Carrega uma mochila muito pesada. Cheia de coisas velhas, cheias de poeira…

6- Possivelmente, teremos que passar pela regressão a vidas passadas.

7- Depois, vamos ajudá-la a reconhecer-se e a reencontrar-se. Perguntamos às pessoas: quem és tu? Um depressivo não sabe responder a esta pergunta. Aliás, a maioria das pessoas não sabe responder a esta pergunta.

8- Vamos ajudar a pessoa a encontrar os seus valores. Muitas pessoas enumeram vários valores, mas percebem que eles não estão presentes na sua vida. Que esses valores de que falam são os que desejam, mas não os que regem o seu dia a dia. Percebem que estão completamente afastados dos seus princípios.

E depois estranham que não estejam felizes, que se sintam vazios…

Quero contar-te uma história. Relaxa e lê com calma enquanto vais respirando tranquilamente

História da BORBOLETA:

Esta é a história de uma lagartinha que rastejava pelo chão, chorando porque era gorda, feia, desajeitada, triste. Quase não tinha amigos, tinha medo que os homens a pisassem, ficava sentida porque as flores e as plantas a rejeitavam porque ela queria comer as suas folhas. Mal sabiam elas que esta lagarta um dia as ajudaria com a sua polinização e reprodução. Mas ela chorava muito, achava que não tinha saída e ficava ali, isolada com o seu problema. Até que um dia uma coruja, sábia e amiga, disse-lhe que não precisava de chorar porque dentro dela morava uma linda borboleta. Bastava que ela se prontificasse a fazer as mudanças e ela transformar-se-ia numa linda, esbelta e radiosa borboleta. A lagarta, cheia de esperança, perguntou: como? A coruja disse-lhe que bastava que ela se fechasse num casulo, confiasse na natureza e deixasse que as transformações necessárias acontecessem, para as suas asas crescerem, porque na natureza nada se perde, tudo se transforma… e ela poderia transformar-se… A lagarta pergunta: mas, como criarei asas? A coruja continua a dizer-lhe que bastava que ela se imaginasse de asas esbeltas e bem coloridas voando em liberdade, leve e livre, pousando nas flores, sendo bem aceite pelos homens, pulando de um jardim para o outro, sendo cobiçada pelos seus amigos devido à sua grande beleza… Isto bastaria para que as suas asas começassem a crescer. Viriam dores… Dores apenas necessárias para a sua mudança. Mas todas as vezes que, lá fechada no seu casulo, pensasse na sua nova forma linda, luminosa, esbelta com as suas asas coloridas, tudo seria bem mais fácil e leve de superar e com toda a certeza as suas asas iriam crescer . E assim, muito mais depressa do que ela poderia imaginar, tudo seria diferente, ela sairia do casulo com as suas asas, linda, livre, leve, esbelta e radiosa, voando, vendo o mundo de outra perspetiva bem alto… Bem diferente de como via antes…

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Até já,

Marta Tavares

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