Nos hospitais universitários de Saint-Luc, em Bruxelas, na Bélgica, a anestesia faz-se através da hipnose. Há sete anos que estão a desenvolver uma técnica pioneira chamada hipno-anestesia. Quando a anestesia local é insuficiente para garantir o conforto do paciente, a hipnoanestesia é uma boa alternativa à anestesia geral.
Há quatro anos, Ginandes e Daniel Rosenthal, professor de radiologia da Harvard Medical School, publicaram um relatório sobre o seu estudo da hipnose para acelerar a regeneração de ossos quebrados. Eles recrutaram 12 pessoas com tornozelos quebrados que não necessitavam de cirurgia e que receberam o tratamento normal no Massachusetts General Hospital, em Boston. Além disso, Ginandes hipnotizou metade deles uma vez por semana durante 12 semanas, enquanto a outra metade recebeu apenas o tratamento normal. O mesmo médico aplicou o gesso e outros cuidados e o mesmo radiologista tirou radiografias regulares para monitorizar o progresso da cura. Outro radiologista avaliou os raios-X (não sabendo que pacientes foram submetidos à hipnose).
Partos assistidos hipnoticamente têm uma história longa, de mais de um século. A prática caiu em desuso por algum tempo devido ao aumento das anestesias químicas que são infinitamente mais prejudiciais. Entretanto, a hipnose voltou com força total nas últimas duas décadas. Uma razão importante para este retorno é o entendimento de que a hipnose não só pode ser útil em analgesia obstétrica ou anestesia, mas em todas as fases da gravidez, desde o início dela, passando pelo parto e também na recuperação. Observou-se em partos assistidos por hipnose que o relaxamento das pacientes faz com que elas tenham transições muito mais suaves no trabalho de parto.
O parto de uma paciente relaxada não é mais rápido do que um parto convencional, mas é feito sem pressa, permitindo o bem-estar fisiológico e psicológico da paciente, e também ajudando significativamente para que todos os tecidos, tanto da mãe como da criança, se adaptem com suavidade à mudança das condições.
Comprovadamente, jamais a hipnose tem sido prejudicial para qualquer uma das partes.
1- A hipnose como um relaxante fisiológico e psicológico faz do parto um processo mais suave e humano. Dando à paciente a força e capacidade de controlar esta função natural pelos seus recursos mentais. O amor-próprio é aumentado causando uma sensação de bem estar.
2- Se algum anestésico químico adicional for necessário, este pode ser administrado prontamente e facilmente. Porém, a característica interessante é que menores quantidades serão clinicamente eficazes, com benefícios para a mãe e para a criança.
3- Contrariamente à anestesia química, a hipnose não inibe as respostas emocionais normais do processo de parto nem a união imediata com a criança. Dar à luz num estado de transe é uma experiência humana profunda e intensamente gratificante e construtiva.
4- A hipnose ajuda na preparação para o parto e no processo de recuperação. A ansiedade pode ser diminuída e o retorno para o funcionamento normal do organismo pode ser aperfeiçoado. Frequentemente, anestésicos químicos causam uma “ressaca” que pode durar até dois dias.
Usando técnicas hipnóticas, a transição e volta para a normalidade é mais suave e rápida.
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Até já,
Marta Tavares