Como sabemos se o seu medo (fobia) é algo natural apesar de incómodo ou se já se tornou uma doença?
Medo Vs. Fobias
As fobias patológicas possuem algumas características que as distinguem do medo comum:
Falta de lógica: Ao contrário do medo comum, a fobia não tem razão concreta ou objetiva: O objeto de temor pode não ser perigoso ou ameaçador, pode ser, por exemplo, uma flor (Antofobia), pode ser algo cuja existência é irreal ou pouco provável (fantasmas, por exemplo).
Compreensão do próprio fóbico: Em muitos casos a pessoa que possui a fobia sabe que ela é absurda e infundada. O que gera mais sofrimento e vergonha para ela. É claro que existem casos em que o paciente acredita plenamente que a coisa à qual ele tem medo pode realmente prejudicar.
O motivo do temor não tem base na realidade: A pessoa que sofre de fobia pode dizer coisas como “os insetos podem entrar por debaixo da minha pele” ou “o polícial atira dispara contra ti se olhares para ele”.
Intensidade: Quando o medo se manifesta ele costuma causar muitas reações de ansiedade tais como: taquicardia e pensamentos de que o pior pode acontecer, mas quando a fobia se manifesta, esses sintomas são mais intensos.
ALGUNS TIPOS DE FOBIAS
Coulrofobia
Apesar de ser uma das fobias mais curiosas, também é relativamente comum. Trata-se do medo de palhaços. Muitas crianças sentem esse medo. E por que não? Os palhaços maquilham-se de uma forma que não é exactamente discreta. Os olhos grandes e as bocas exageradas podem fazer, com que qualquer criança fuja de medo. Por isso foram muitas vezes utilizados como protagonistas de filmes de terror.
Catisofobia
Embora pareça difícil de acreditar, há pessoas que têm medo do ato de se sentar. É o que se chama de “Catisofobia”. Quem tem esse problema transpira, treme e até sente a respiração alterada quando vê uma cadeira na qual tem que se sentar. Às vezes também é um tipo específico de cadeira que desencadeia o pânico.
Claustrofobia
Medo irracional persistente de estar ou passar em locais fechados ou de tamanho reduzido.
Crematofobia
É difícil entender que no mundo de hoje existam pessoas que têm medo de dinheiro, mas elas existem. Esse estranho medo é denominado “crematofobia”. Algumas das pessoas que têm essa fobia temem tocar no dinheiro simplesmente porque parece sujo, cheio de bactérias ou causador de doenças.
Nomofobia
Desconforto ou angústia causados pela incapacidade de comunicar através de telemóveis ou computadores.
Causas
De maneira geral as fobias têm raízes em alguma experiência extremamente negativa no passado. Por exemplo: Um paciente que quando tinha três anos de idade ficou acidentalmente trancado numa arca frigorífica antiga que estava no quintal da sua casa, depois de algum tempo ele foi encontrado pela mãe, mas desde então ele desenvolveu uma fobia de permanecer em locais fechados (claustrofobia).
Causas genéticas
Alguns pesquisadores ressaltam que as fobias podem ter causa genética. Segundo eles existem alguns indícios que levam a essa conclusão. Nessa linha de pensamento é apontado o facto de dois terços das pessoas que sofrem dessa patologia possuírem algum parente que também tenha algum tipo de fobia.
Sintomas
Quando estão expostos aos seus objetos de medo, ou quando simplesmente se imaginam em tal situação os pacientes fóbicos costumam apresentar pelo menos 4 dos sintomas apresentados abaixo:
- Taquicardia (coração acelerado)
- Sudorese (Suor intenso;
- Inquietação;
- Retenção ou frequência urinária;
- Formigueiros;
- Tonturas;
- Desconforto no peito;
- Falta de ar;
- Tremores;
- Medo de morrer ou elouquecer
É possível notar que são exatamente os mesmos da ansiedade e do pânico. Esses sintomas nada mais são do que reações orgânicas de quem está exposto a uma situação de stresse intenso.
São psicossomáticos, ou seja, é a nossa mente que envia para o nosso corpo a mensagem de que estamos a passar por situação de perigo.
O nosso organismo libera hormonas para que fiquemos prontos para fugir ou lutar contra o perigo eminente.
Hipnoterapia no tratamento de fobias
O objetivo da hipnoterapia é “remover” o medo subconsciente. Uma técnica comum usada na hipnose é a chamada regressão de memória.
Algumas características
Ela tem-se revelado muito eficaz, não importando quanto tempo a pessoa sofre da fobia. No tratamento, o paciente descobre as causas da fobia e o hipnoterapeuta faz uma Ressignificação do medo, mudando a compreensão e o aspeto de negativo para positivo.
Por exemplo, quando a pessoa adquire a fobia na infância. Com o tratamento da hipnose e através de sugestões, o hipnoterapeuta muda a perceção consciente do paciente, a partir da Ressignificação do inconsciente e dá um novo significado para aquela situação vivenciada.
Também são ensinadas técnicas de auto-hipnose como forma de ampliar a sugestão e de controlar a ansiedade diante do objeto fóbico.
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Recebemos muitas crianças com fobias e medos e percebemos que boa parte delas são herança. Se alguém na família tem medo de cães a criança vai ter medo de cães ou de gatos, ou de alturas, ou de velocidade. Por isso sugerimos sempre que se trate da fobia do adulto também para eliminar o estímulo externo que a criança tem vindo a receber.
Fobias e Medos nas Crianças
Depois á aquelas fobias que são resultado das brincadeiras dos amiguinhos na escola. Passam a ter medo de dormir sozinhos, ou de luz apagada, de ir a algum lado que esteja escuro. Aí basta chamar o super herói e em hipnose lá se vai o medo.
Todos os comportamentos são aprendidos e por essa razão também são desaprendidos.
Em hipnose em poucas sessões curamos as fobias dos meninos e meninas para que fiquem livres para serem crianças felizes outra vez.
É na infância que uma série de medos se cria e se torna mais intensa, sendo que alguns deles podem permanecer a vida toda. O desafio dos pais é tranquilizar e estimular o filho a enfrentar temores reais e imaginários. É natural e esperado que as crianças sintam medo. Ele é um alerta de que algo ameaçador pode acontecer e evita que o ser humano corra riscos desnecessários. A ausência dele, em certas idades, é até preocupante: se uma criança não desenvolve o medo instintivo de altura, por exemplo, pode gatinhar até a beira da cama ou do sofá e cair.
Os medos das crianças não têm necessariamente relações objetivas com a realidade, mas é uma interpretação que os pequenos fazem dela. E os medos começam bastante cedo:
De 0 a 12 meses: Perda do amparo/ Barulhos intensos/luzes intensas
MEDO DA SEPARAÇÃO, DE RUÍDOS INTENSOS E INESPERADOS, DE QUEDAS E DE LUZES FORTES
O bebé precisa de se sentir aconchegado e seguro. A presença e a atenção dos pais são as melhores formas de o tranquilizar. Devem ser respeitados os ritmos do bebé e agir com ele delicadamente em todas as circunstâncias.
De 12 aos 2 anos: Separação dos pais/ Pessoas estranhas / Imprevistos / Objetos vagos/
MEDO DE AMBIENTES E PESSOAS ESTRANHAS, MEDO DA SEPARAÇÃO DOS PAIS
O medo da separação dos pais afeta muitas crianças. Por vezes, o bebé chora à noite só porque precisa de saber que a mãe ou o pai estão por perto e atentos às suas necessidades.
A relação de amor e confiança e que os pais estabelecem com os filhos desde o nascimento, ajuda a definir a personalidade da criança e reforça o seu grau de segurança, preparando-a, também, para este primeiro afastamento.
A ida para a creche representa uma grande mudança e motivo de grande ansiedade não só para a criança mas também para a mãe que o vai deixar por longas horas entregue aos cuidados de outras pessoas. A vida da criança, com a mãe o pai, avós ou cuidador sempre por perto durante todo o dia, dá lugar a uma vida nova, num sitio desconhecido, com outras crianças, com educadores e uma rotina completamente diferente.
Os pais devem acompanhar o bebé e estar presentes em novas situações e a mãe preparada para deixar o filho tranquilamente na creche.
2 aos 3 anos: Separação dos pais/ Ser abandonada pelos pais/ Barulhos / Animais / locais estranhos /máscaras /animais
MEDO DO ESCURO, DE FICAR SOZINHA, DE ANIMAIS, DO TREINO DO BACIO, DE PESSOAS MASCARADAS
Evite surpreender a criança com situações que a podem assustar. Mostre-lhe que as fantasias são apenas uma brincadeira e que não escondem nada de anormal. Se o seu filho tiver medo de dormir no escuro, deixe parte da persiana aberta ou uma luz de presença acesa.
Cumpra a rotina do sono, leia uma história tranquila antes de adormecer e dê-lhe muitos miminhos. As crianças necessitam de um ambiente harmonioso, seguro e sem grandes alterações para se sentirem tranquilas e confortadas.
O treino para usar o bacio é uma questão que suscita muitas dúvidas aos pais e que pode causar muita ansiedade na criança se o seu ritmo não for respeitado. Lembre-se que esta nova fase é muito exigente e que envolve a aquisição de uma série de competências e de tempo para que possam ser exercitadas e interiorizadas.
Encare cada nova fase do desenvolvimento da criança com conhecimento e tranquilidade. Ajude-a a enfrentar as suas dificuldades, tenha paciência e valorize cada pequena conquista.
Dos 3 aos 5 anos: Separação dos pais / Animais / Pessoas más: ladrões / Dano físico
MEDO DO ESCURO, DE MONSTROS, FANTASMAS, DO ESCURO, DE ANIMAIS, DA TROVOADA E MEDO DE SE PERDER
Converse com a criança sobre os seus medos e tente que perceba que são fantasias da sua cabeça. Evite contar histórias assustadoras, que impressionem a criança e aumentem a angústia na hora de deitar.
Se o seu filho tiver medo porque pensa que alguma coisa se esconde debaixo da cama, pegue numa lanterna e espreitem juntos para debaixo da cama para o tranquilizar. Encoraje a criança a falar diretamente com os seus próprios medos.
Ensine-lhe o nome completo, a morada de casa e o seu número de telefone/telemóvel. Diga-lhe como pedir ajuda em situações concretas quando estiverem nos locais. Por exemplo, se estiver num centro comercial, diga-lhe o que deveria fazer para que a encontrassem. Solicite a pulseira do programa da PSP “Estou aqui!” e explique à criança como funciona.
Explique os fenómenos naturais tal como eles são evitando explicações como “Deus está zangado e está a resmungar.” Se a criança manifestar medo, deve serená-la e ajuda-la a enfrentar o medo, mostrando-se tranquila. A criança percebe que não está em perigo e acalma.
Ensine o seu filho a substituir as imagens ou pensamentos assustadores por outros que sejam tranquilizadores e que transmitam conforto e segurança.
A partir dos 5 anos: Separação dos pais/ Seres sobrenaturais – monstros / Bruxas / Trovoadas / Dormir ou ficar sozinho / Escuro
DIVÓRCIO DOS PAIS, MEDO DE SER ESQUECIDO NA ESCOLA, DE PERSONAGENS ASSUSTADORAS, DA VIOLÊNCIA, DE SE PERDER
Ensine o seu filho a manter-se afastado de estranhos, a afastar-se, a não aceitar presentes e a não acompanhar pessoas que desconhece mantendo-se em local seguro junto de pessoas conhecidas. Garanta que percebe que não deve sair da escola sozinho e que deve procurar a ajuda de um adulto de confiança caso seja abordado por um desconhecido. Se se atrasar para o ir buscar à escola avise os funcionários e peça para informarem o seu filho que chegará mais tarde ou que outra pessoa o vai buscar.
Evite ver filmes de terror ou violentos com a criança. Ajude-a a perceber o que é a realidade e a ficção.
6 e 7 anos: Seres sobrenaturais / Escuro / Ficar só / Filmes, notícias, informações transmitidas pelos media / Ofensas corporais
MEDO DA PRÓPRIA MORTE E DA PERDA/MORTE DOS PAIS, MEDO DA REJEIÇÃO SOCIAL
A partir desta idade, a criança toma consciência que a morte é algo irreversível. A perda de alguém próximo pode dar origem a muitas dúvidas e anseios sobre a sua própria vida e a dos pais. Após o contacto com a morte, algumas crianças desenvolvem medos sobre determinados locais e circunstâncias que relacionam com esse acontecimento.
Podem torna-se nervosas, ansiosas e pouco confortáveis quando confrontadas com situações que relacionam com a morte como a ida ao hospital, o som da sirene de uma ambulância, uma doença ou a ida a uma consulta.
Se a criança fizer perguntas sobre a morte, diga a verdade de forma delicada e apropriada à idade/maturidade da criança, reconforte-a mas sem promessas que não pode cumprir. Converse, ajude-a a perceber como pode ultrapassar esse medo e pergunte-lhe o que pode você fazer para que se sinta segura.
Tenha paciência e compreensão, apoie, faça companhia, dê apoio, mantenha as rotinas, dedique mais tempo às atividades em conjunto e evite que a criança se sinta incompreendida, isolada e abandonada.
9 aos 12 anos: Medos relacionados com a escola: exames, professores, reprovações / Aparência física: acne, gordura / Trovoada, relâmpagos e tremores de terra / Morte / Conflitos entre os pais
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