Abordagem Transpessoal
A Psicologia Transpessoal, veio para nos ajudar a compreender que trazemos para o nosso dia-a-dia os conteúdos da memória extra cerebral (conteúdos desenvolvidos antes deste nascimento) que estão presentes em todos nós, que nos influenciam de maneira decisiva as nossas escolhas. O modelo desenvolvido para entendermos esta nova teoria foi:
Subconsciente: arquivo de todas experiências vividas, nesta ou outras vidas e que quando é acionada, devolve todas as informações armazenadas.
Consciente: o momento presente, o real, o que vivo agora, tudo que vivo, mando para o arquivo e lá fica à minha disposição, bastando ser acedido.
Superconsciente: é o Eu Superior, é na minha mente a presença de Deus Em Mim. Quando tenho contato com esta minha parte da mente, sou verdadeiramente feliz. Estou em harmonia com o universo. Poucas vezes consigo aceder o Superconsciente, pois fico sempre na falta de paz e harmonia, entre o Subconsciente e Consciente. Quando mantenho o meu Consciente em tranquilidade e aceitação de mim mesmo, abro a porta do Superconsciente.
Assim sendo, chama-se a atenção de como é importante decidir agora o que penso, melhorar omeu nível de pensamentos, ser amoroso com a vida, com as pessoas, parar de reclamar e de se sentir vítima e coitadinho.
Sendo assim, estás apenas no papel de vitima e o teu caminho do equilíbrio, é de aprender a dar-te colo, seres o teu próprio pai, tua própria mãe, aprenderes a te nutrir, não esperar mais nada dos outros; fazer as coisas por ti mesmo, aprender a seres livre, a ser independente e feliz!
O papel da auto-conhecimento nesta fase é fundamental.
O QUE É E COMO SURGIU A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL
Foi em meados da década de sessenta, durante o rápido desenvolvimento e aceitação dos pressupostos básicos da psicologia humanista, com Maslow e Rogers, que alguns psicólogos e psiquiatras começaram a discutir quais os limites e características a que seria possível chegar o potencial da consciência humana. Muitos pesquisadores achavam que a visão da psique dada pela Psicanálise e pelo Behaviorismo eram, no mínimo, bastante simplificadas e reducionistas, não explicando uma grande gama de fenómenos mentais que escapavam – e muito – do campo de alcance de tais teorias. E a Psiquiatria dava ainda menos clareza sobre uma ampla gama de estados de consciência claramente chocantes e, ao mesmo tempo, fascinantes, que não podiam se restringir unicamente à história orgânico-biográfica de alguns pacientes.
Muitos renomados psicólogos humanísticos e alguns psiquiatras insatisfeitos com a abordagem excessivamente mecanicista e biomédica de sua disciplina mostraram crescente interesse por áreas de estudo antes negligenciadas, e por tópicos de psicologia próximas a estes estados-alterados de consciência, como, por exemplo, as experiências místicas, ou de consciência de transe.
Carl Rogers
Apesar de não ser incluído, pela maioria dos autores, como um psicólogo transpessoal, mas como um dos mais significativos psicólogos humanistas, não escapou a Carl Rogers as chamadas dimensões transcendentes ou espirituais que frequentemente emergiam no contexto terapêutico, especialmente em termos de Terapia de Grupo, na qual Rogers foi grande pioneiro. E foi exatamente a partir do revolucionário trabalho com Grandes Grupos e em Workshorps, na última fase de sua formulação teórica, que a temática transpessoal começa a se delinear nos escritos do criador da Abordagem Centrada na Pessoa, e nos escritos de seus principais colaboradores. John K. Wood, por exemplo, escreveu o seguinte comentário (Rogers, 1983b) sobre as ocorrências transpessoais que costumam ocorrer em Grandes Grupos:
Frequentemente as pessoas compartilham e falam de sonhos sem interpretação ou comentário. Sonhos comuns muitas vezes ocorrem. Algumas pessoas reportam “experiências místicas” (…). As mesmas idéias e mitos [imagens arquetípicas] freqüentemente emergem de várias pessoas ao mesmo tempo. (Rogers, 1983b, p. 34)
O próprio Rogers se refere muitas vezes em suas últimas obras às percepções transpessoais e fenômenos congêneres de estados sutis de consciência, e estabelece que estes são eventos observáveis e inerentes ao trabalho bem sucedido com Grandes Grupos e Workshops:
De certa forma, Rogers parecia estar indicando que a ACP por ele elaborada, junto com seus colaboradores, estaria se desenvolvendo a ponto de incluir as dimensões transpessoais em seu
O ESPECTRO DA CONSCIÊNCIA
Um dos sistemas didáticos, em psicologia, que procura integrar os diferentes insights das várias escolas psicoterapêuticas do ocidente entre si, e estas com as várias abordagens orientais, é a Psicologia dos espetros proposta por Ken Wilber, como um modelo da compreensão transpessoal das diferenças entre psicoterapia. Nele, cada uma das diferentes escolas é vista como uma faixa que se dedica a um aspecto específico do total a que se pode apresentar a consciência humana. Cada uma dessas escolas aponta para um estado de consciência que se caracteriza por possuir um diferente senso de identidade, indo da pequena identidade restrita ao ego até à suprema identidade com todo o universo, que é o nível extremo da consciência transpessoal. Este espectro pode ser entendido a partir de quatro níveis: o do ego, o biossocial, o existencial e o transpessoal.
No nível do ego, a pessoa não se identifica, a rigor, com o seu organismo, mas com uma representação mental, ou com um conceito do mesmo, como uma auto-imagem construída, ou egóica. É, pois, um problema de identificação com um modelo que a pessoa aceita, num investimento, como sendo seu “eu”. Existe – para ela – um “eu” que é diferente e independente de tudo e de todos. A pessoa não se interessa muito em cultivar relações interpessoas sem que haja uma vantagem específica para o ego, e muito menos se preocupa com aspectos ecológicos ou sociais.
O nível biossocial já envolve a consciência e a preocupação com o nível e com os aspectos do ambiente social da pessoa. A influência preponderante é a de padrões culturais e sociais. A pessoa sente como fazendo parte – e tendo alguma responsabilidade – pelo seu meio-ambiente social e natural.
O nível existencial é o nível do organismo total, caracterizado por um senso de identidade corpo/mente auto-organizador. É o nível dos ideais humanistas e do pensamento mais sofisticado, em termos de filosofia de vida. Emoção e razão estão mais ou menos associadas para o crescimento e o desenvolvimento das potencialidades do homem, desde que os meios sejam razoavelmente propícios. Quando não, ainda assim a pessoa luta para se auto-atualizar e a ajudar seus semelhantes. Alto grau de desenvolvimento moral é freqüentemente associado a este estágio.
O nível transpessoal é o nível da expansão da consciência para além das fronteiras do ego, correspondendo a um senso de identidade mais amplo. Elas podem envolver percepções do meio ambiente, onde tudo está, de uma forma sutil, mas muito presente, ligado – de forma NÃO LINEAR – a tudo. É o nível do inconsciente coletivo e dos fenômenos que lhe estão associados, tal como descritos por Jung e seguidores. É também neste nível de percepção que podem – mas não necessariamente ocorrem ou são regra geral próprias de uma percepção transpessoal – surgir, como eventos secundários, certos fenômenos parapsicológicos, como telepatia, precognição ou – o que não tipifica um fenômeno parapsicológico, mas sim psicológico – lembranças de vidas passadas. É uma forma extremamente sofisticada e não ordinária de consciência em que a pessoa não aceita mais a crença uma separação rígida entre ela e todo o universo, a não ser como uma forma de atuar praticamente sobre o meio em que vive com outras pessoas. Essa forma de consciência transcende,e muito, o raciocínio lógico convencional, e aproxima-se das assim chamadas experiências místicas. E é este estado que é objeto mais íntimo de estudo da Psicologia Transpessoal.
Compilado por Maria de Fátima Estimado Corga – Psicóloga – CRP 13521/06
Para terminar na Terapias da Mente embora não sejamos psicólogos estudamos psicologia e os seus mais ilustres autores e integramos a sua abordagem como parte do nosso trabalho.
Hoje verificamos que existem cada vez mais escolas transpessoais que trazem e defendem esta mesma linha de pensamento.
Contacte-nos, teremos muito gosto em esclarecer as suas dúvidas sobre os nossos tratamentos
