É necessário ter vários sintomas de ansiedade associados e por um tempo considerável, para que se comece a suspeitar de algum tipo de transtorno de ansiedade.
Todas as pessoas já se sentiram ansiosas. A ansiedade é um sentimento que experimentamos de vez em quando, perante situações em que nos sentimos ameaçados ou stressados.
A ansiedade pode ser descrita como uma sensação de preocupação, nervosismo, inquietação ou receio do que poderá acontecer. Por exemplo, perante o pensamento de ir fazer um exame, ir ao hospital ou a uma entrevista de emprego, é comum sentirmo-nos tensos, preocupados, nervosos, termos medo de fazer “figura de parvos” ou duvidarmos da nossa capacidade para sermos bem-sucedidos.
A ansiedade é uma resposta normal ao stress, a preocupações ou sentimentos de ameaça – mas quando se torna muito grave, duradoura ou proporcionalmente desadequada às circunstâncias, passa a ser considerada uma perturbação de ansiedade.
A ansiedade dentro de certos limites é natural e útil, uma vez que constitui um valioso recurso adaptativo e incita as pessoas a procurar e encontrar soluções positivas. Neste sentido é uma poderosa fonte de acção e evolução do próprio indivíduo.
Quando atinge um valor extremo e carácter sistemático torna-se patológica. Neste caso, começa a haver alterações no funcionamento saudável da pessoa nas várias vertentes da vida.
As perturbações são uma forma comum de doença mental, causando frequentemente grande sofrimento e incapacitação, diminuindo a qualidade de vida do doente.
Tem efeitos no nosso corpo e na nossa mente. Do ponto de vista físico, podemos experienciar tensão muscular, dor de cabeça, batimento cardíaco acelerado, náuseas e vómitos, vontade de ir à casa de banho, dificuldade em dormir ou sensação de “borboletas no estômago”.
Do ponto de vista psicológico, a ansiedade pode tornar-nos mais receosos, alerta, nervosos, irritáveis, incapazes de relaxar e de nos concentrarmos.
Semelhanças entre os sintomas da ansiedade e depressão
Depressão e ansiedade são os transtornos que mais afectam a saúde mental de pessoas em todo o mundo. É comum ouvirmos falar dessas duas condições simultaneamente, o que pode causar certa confusão sobre os sintomas, causas e tratamentos.
É possível que uma pessoa sofra com as duas condições ao mesmo tempo, mas entender as diferenças entre as duas é crucial para buscar o tratamento correto e o controle dos sintomas que cada transtorno manifesta.
Uma das principais diferenças entre os sintomas da depressão e ansiedade é que o primeiro termo se refere a um único transtorno, enquanto o segundo engloba várias condições.
Sintomas de Ansiedade
- Dificuldade em respirar;
- Pressão no peito;
- Batimento cardíaco acelerado;
- Suores frios;
- Tremores;
- Tensão muscular;
- Insónias;
- Dores físicas.

Medidas para diminuir a ansiedade
- Fazer atividade física – Sendo que a sua prática regular é capaz de aliviar os sintomas depressivos e baixar os níveis de irritabilidade; os autores do livro sugerem 20 a 30 minutos de exercício de intensidade moderada três ou quatro vezes por semana;
- Ter uma boa alimentação – Aposte em alimentos ricos em ómega 3, pois o nutriente ajuda a reduzir os níveis de stress, deixando a mente mais leve e saudável.Além de alimentos como peixe, procure também consumir frutas e vegetais, evitando comidas muito gordurosas e pouco saudáveis. Isso beneficiará a saúde tanto da mente quanto do corpo, que estão sempre interligados.
- Relaxamento muscular progressivo – Ajuda a diminuir a tensão arterial e o batimento cardíaco, além de reduzir os níveis de cortisol e o cansaço e melhorar os ciclos de sono;
- Adquirir hobbies- Artes plásticas, dança, gastronomia ou jardinagem, ter um hobby proporciona momentos divertidos e tranquilizantes à rotina, ajudando a prevenir doenças emocionais e promovendo melhoria na qualidade de vida.
- Conviver com a família e amigos
- Procurar fazer coisas prazerosas nas horas vagas (ouvir musica, ler, etc.) – A música possui propriedades terapêuticas capazes de gerar aquela sensação de bem-estar;
- Relaxar – Pode ser útil adoptar no dia-a-dia hábitos simples que permitam reduzir os estados de ansiedade. São exemplos disso as técnicas de relaxamento e meditação, uma boa gestão e organização do tempo, uma comunicação regular e eficaz com os outros (tanto no trabalho como em casa), entre outros.
- Trabalhar com os pensamentos – O problema de ter pensamentos negativos é que eles afectam directamente as nossas emoções, pois dependendo da informação gerada pela nossa mente, podemos sentir num só momento, sentimentos de raiva, tristeza, medo, ansiedade, culpa, vergonha, impotência, enfim uma avalanche de sensações que podem afectar a nossa saúde física e psicológica.
Daí a importância de saber como eliminar pensamentos negativos e fazer um controle mental poderoso, a fim de varrer do nosso cérebro todos os maus pensamentos persistentes e dar lugar a um mindset positivo e forte, o bastante para reagir às intempéries que podem surgir pelo nosso caminho.
Portugueses são os que mais sofrem de ansiedade na Europa
Descrita por muitos como um “medo de falhar geral”, a ansiedade pode hoje ser considerada como um dos maiores problemas enfrentados pela humanidade, intimamente relacionados às fobias sociais. Mas, como e quando surge e de que forma poderá ser combatida?
Na realidade, quem sofre dificilmente consegue determinar quando é que começou a ser vítima da mesma.
Os sintomas podem ser tantos, que muitas vezes se confundem com outras patologias do foro psíquico, como a depressão ou o transtorno do pânico. Muitos até acreditam que estão a ter um episódio agudo de stress, que até os chega a impedir de trabalhar.
Não existe um factor único que explique o aparecimento de determinada perturbação de ansiedade. De um modo geral, existem factores de natureza biológica e psicológica (acontecimentos externos e conflitos internos) envolvidos no desenvolvimento da perturbação de ansiedade.
Deste modo, o tratamento das perturbações deve conjugar o uso de psicofármacos com a psicoterapia, de forma a tratar a ansiedade do ponto de vista biológico, mas também a promover a resolução dos conflitos internos que podem estar na sua origem.
O transtorno de ansiedade tem cura e se detectada inicialmente há possibilidade de tratamento da ansiedade sem a presença de fármacos, porém se essa não for tratada inicialmente os pacientes tendem a desenvolver outros transtornos que poderão levar a necessidade do tratamento farmacológico.
Estudo aponta que desejar o bem aos outros alivia sintomas de ansiedade
São inúmeros os motivos que têm deixado a nossa sociedade cada vez mais ansiosa. Dormimos mal e estamos a desenvolver cada vez mais distúrbios psicológicos, a grande maioria causada pelo stress, excesso de trabalho e informação. Desacelerar é essencial, porém estudos mostram que só de desejar o bem a outras pessoas, conseguimos aliviar os sintomas de ansiedade. Fica a dica!
Sinais de que sofre de ansiedade e… que não é apenas stress
Inquietação, falta de concentração, tremores e sensação de nó na garganta podem ser sintomas de ansiedade e não de stress momentâneo causado por um dia mais complicado no trabalho. Esteja atento aos sinais!