O “trabalho do luto é descrito como um estado psicológico dinâmico”
“ Ninguém escolhe como vai morrer, nem mesmo quando. Todavia, podemos decidir como vamos viver.”(Joan Baez)
E que melhor forma do que viver com um sorriso nos lábios?
No entanto não é fácil aceitar de ânimo leve, a partida de uma pessoa amada. É perfeitamente humano, e muitos defendem que é até saudável, um período razoável e vivenciado de luto, mas é desejável que este período aconteça de forma célere pois a pessoa sofre e pode desenvolver uma patologia associada.
O que é o “trabalho do luto”?
Segundo Freud: O “trabalho do luto é descrito como um estado psicológico dinâmico”, em que após a perda de um entre querido nomeadamente alguém a quem estávamos ligados, o nosso sistema nervoso fica temporariamente desorganizado.
Assim aquilo que se designa como “trabalho de luto” é o tempo necessário para que o equilíbrio pessoal seja restabelecido. Numa perspectiva psicanalítica este espaço de tempo, desde que não seja muito alongado, geralmente reforça o organismo.
Em termos cognitivos, a pessoa que trabalha o luto, esgota todo o sofrimento que ele continha.
A Psicologia defende que as adversidades enfrentadas ou o luto trabalhado leva muitas vezes á resiliência, ou seja, o domínio psicológico da pessoa extraia lição da provação e desliga-se aos poucos das emoções e dos pensamentos negativos pois não são mais necessários, uma vez que a pessoa compreendeu e contextualizou o acontecimento da perda.
A Hipnose Clínica no trabalho de luto
O objetivo da Hipnoterapia neste tipo de trabalho é ajudar a pessoa a modificar a sua perceção do evento traumático.
Por exemplo: Uma pessoa que está a sofrer de stresse pós traumático pela não-aceitação da perda de um familiar e apresenta sintomatologia ansiogénica.
Através de Hipnose regressiva procura-se dar um novo significado ao que aconteceu, para que a sensação de medo, vazio e ansiedade associado ao trauma, deixe de se manifestar. A pessoa passa a relativizar e não dramatizar o evento traumático.
Isto acontece, porque quando a pessoa está em transe hipnótico, acede a uma posição mais elevada e nessa perspectiva pode perceber o seu trauma sobre outro ponto de vista, olhando para a perda e para os problemas de uma forma mais construtiva.
Para além da Regressão, existem mais técnicas hipnóticas (libertação e desapego) que ajudam o paciente no trabalho do luto, colmatando o vazio existencial da perda e do luto.
Fases do luto
Segundo o modelo Kubler-Ross, existem 5 estágios distintos num processo de luto e perda.
1 – Negação e Isolamento – Frases do género: “Isto não pode estar a acontecer comigo!”
2 – Raiva – Frases do tipo: “Porquê eu? Isto não é justo!”
3 – Negação e Diálogo – Frases do género: “ Gostava de viver apenas até os meus filhos crescerem.”
4 – Depressão – Frases do tipo: “ Estou triste! Já não vale a pena! Porque é que me irei preocupar com isso!”
5 – Aceitação – Frases do tipo: “ Eu sei que tudo vai acabar bem”
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