A Maria não era dramática, nem “mental”. Sempre foi a forte, a que resolvia tudo. Mas um dia, o corpo começou a gritar. O coração acelerava sem motivo. O peito apertava. A respiração parecia não chegar.
Este é o relato (fictício, mas baseado em histórias reais) de quem vivia com ansiedade silenciosa — até descobrir que a mente também precisava de descanso.

“Era como viver com o motor sempre ligado”

“Durante muito tempo achei que era só stress… Que eu era assim, acelerada. Mas um dia, no supermercado, senti que ia desmaiar. E aí percebi que não estava bem.”
A Maria vivia com sintomas há anos: tensão muscular, dificuldades em dormir, pensamentos em excesso, medo de que algo corresse mal.
“Acordava já com o corpo tenso. Dormia com o maxilar contraído. A cabeça não parava.”

Mesmo sem um diagnóstico oficial, o que ela vivia era ansiedade generalizada — um estado interno de vigilância constante, como se algo estivesse sempre prestes a acontecer.

“Senti que estava a falhar”

O mais difícil, diz Maria, era a sensação de não conseguir controlar o próprio corpo.
“Eu sabia que era irracional. Mas o corpo reagia sozinho. E isso fazia-me sentir fraca.”
A ansiedade começou a afetar o trabalho, o sono, os relacionamentos.
Foi nesse momento que decidiu procurar algo diferente — e encontrou a hipnoterapia.

Como a hipnoterapia mudou a relação com o medo

“Achei que hipnose era só fechar os olhos e relaxar. Mas na verdade… foi o lugar onde comecei a escutar o que eu sentia, sem fugir.”
Durante as sessões, Maria:

  • Revisitou memórias que tinham sido esquecidas, mas continuavam ativas no corpo
  • Identificou situações onde aprendeu a suprimir as emoções para ser aceite
  • Começou a reconhecer os sinais da ansiedade antes de ela crescer
  • Aprendeu a imaginar cenários de segurança e autorregulação, treinando o seu sistema nervoso para confiar novamente

Mais do que eliminar sintomas, a hipnoterapia permitiu-lhe reconstruir a sua relação com o próprio corpo e mente.

“Hoje, o silêncio já não me assusta”

Com o tempo, Maria foi sentindo que já não precisava controlar tudo.
Aprendeu a estar presente, a escutar o seu corpo, a parar.
“Não quer dizer que não fico nervosa. Mas agora, eu percebo. E escolho.
Escolho respirar. Escolho não seguir o pensamento. Escolho confiar.”

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