Cada vez é mais recorrente ouvirmos falar sobre crianças e jovens com dificuldade de aprendizagem. O sector da educação tem dificuldades em combater este facto e o certo é que o número de casos assinalados de alunos, sejam crianças ou não, com défice de atenção, falta de motivação, hiperatividade e falta de concentração, aumentou nos últimos anos. Como consequência, aumentou também o número de pais e educadores que procuram uma alternativa à medicação sugerida para os filhos. Procuram meios naturais de reduzir a dificuldade de aprendizagem.
Muitos encontraram na Hipnose Clínica e Programação Neuro-linguística a solução natural que apresenta resultados rapidamente e sem recurso a medicação. Através de técnicas de programação mental, estimulação dos hemisférios para desbloqueio do potencial e técnicas de condicionamento, entre outras, é possível baixar níveis de ansiedade, aumentar a capacidade de memória e concentração, potenciando desta forma, o desempenho escolar.
Existem algumas dicas que são importantes e que podem ser aplicadas em casa para ajudar a melhorar a atenção, a concentração e a motivação assim como algumas dicas úteis para crianças com Hiperatividade:
Dicas para motivar a aprendizagem
- Reforçar o que há de melhor na criança.
Se o seu protegido é um fala-barato potêncie isso. Inscreva-o numa escola de teatro amador, ou numa escola de canto, algo que lhe permita continuar com esse dom de forma produtiva. Crianças que falam muito, tem potencial para se tornarem excelentes oradores. Nos nossos dias, pessoas com o dom da palavra ganham milhões. Negócios são fechados todos os dias com base numa conversa. A ideia é dar algo que a criança aprecia e pedir algo em troca. Para que ele fale menos num sitio, necessita deitar cá para fora todo o amontado de ideias que está lá dentro numa outra altura em que lhe seja permitido. Se não o fizer, vem a frustração pois ele sente em não se poder exprimir.
- Comparações criam dificuldade de aprendizagem
Cada criança apresenta um comportamento que poderá ser diferente perante a mesma situação. Claro que os bons exemplos devem ser sempre seguidos e mencionados, mas da mesma forma que o leitor não gosta de ser achincalhado e menosprezado, uma criança viverá essas dores com intensidade máxima. Lembre-se sempre : Uma criança vive o dia-a-dia com as emoções à flor da pele, ao contrário dos adultos que põem filtros para esconder os seus verdadeiros sentimentos. Enquanto eles choram e nós escondemos as lágrimas.
- Procurar conversar sempre com a criança para saber como se está a sentir.
Como tudo na vida, para termos soluções para os problemas, primeiro precisamos de saber qual a sua origem. Uma boa noticia é que as crianças ao serem estimuladas a expressar os sentimentos, por norma irão fazê-lo sem grandes resistências. Utilize esta técnica.
- Aprender a controlar a própria impaciência.
Bem se uma
- Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas tenha atenção para obedecer-lhes também.
O ditado do “Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço” é hoje comprovadamente um disparate. Que sentido de justiça podemos passar a uma criança quando impomos regras e não as cumprimos?
- Não esperar ‘’perfeição’’
A perfeição é algo que nunca se atinge. Utilizar a perfeição como objectivo é mesmo que estabelecer um objectivo que nunca será cumprido e que trará grande dose de frustração. Pequenos objectivos trarão enormes resultados ao longo do tempo. Mesmo que nunca tenha aprendido um idioma, sabe que precisa de mais do que uma aula para aprender
- Elogie! Elogie! Elogie!
O estímulo nunca é demais e é sempre bem vindo em qualquer parte do Mundo. A criança precisa ver que seus esforços em vencer a desatenção e controlar a ansiedade são reconhecidos.
- Não exigir mais do que a criança pode dar:
Se o seu protegido só deu 20% até agora, aplica estas técnicas e vá solicitando melhorias de forma gradual. Por exemplo, se os resultados foram 3 valores num período escolar, trabalhe com ele para no teste seguinte chegar aos 3,5 valores e no outro para alcançar os 4 valores. É um trabalho de equipa e você é o treinador.
Dificuldade de aprendizagem – história de consultório
Chegaram-nos 2 irmãs para que ajudássemos com a falta de concentração e aumento do rendimento escolar. A Joana, com 14 anos trazia o papel de irmã mais velha . Serena e apesar de estar perfeitamente enquadrada na escola e em várias actividades escolares , era em essência , uma menina envergonhada e insegura.
A mais pipoquita chamava-se Ritinha e só queria brincadeira. Era claramente distraída e isso dificultava o seu rendimento. Ambas tinham boas notas , mas sempre muito oscilantes e os pais queriam ajudar.
Com a Rita fizemos na primeira consulta um trabalho de re-equilibrio dos hemisférios para que ela pudesse utilizar plenamente tanto a parte mais racional que a ajudaria na concentração e memória, como o hemisfério direito que lhe daria a criatividade para encontrar recursos alternativos em momentos de mais dificuldade de aprendizagem. Com a ajuda dos pais esse trabalho foi repetido em casa e na consulta seguinte todos diziam que a nossa pequenota estava muito mais atenta e até os professores falavam disso.
Continuamos com hipnose e por mais 2 sessões onde fomos ajustar tudo com a ajuda da sua heroína.
Fizemos uma viajem ao futuro na terceira sessão para ver como seriam as notas dos testes que ela iria fazer dai a uma semana. Quando vieram mais tarde para acompanhar a Joana, a irmã mais velha, vinham entusiasmadas com a notícia. A Ritinha tinha tirado exatamente as notas que tinha visto na sessão de hipnose.
O trabalho com a Joana foi diferente. Ela já era mais madura e falamos muito sobre as expectativas dela e a responsabilidade que se colocava para não defraudar os pais.
Com hipnose trabalhamos com o seu eu mais criança dela numa situação que tinha acontecido quando pequenina. A Joana mais velha deu ao seu eu criança um sentimento de segurança que lhe faltou lá trás.
Fizemos mais 3 sessões em que ajustamos a memória, concentração, motivação, confiança.
Trabalhamos com PNL e encoramos todos os sentimentos bons no ambiente escolar para que ela se sentisse segura. E 4 sessões depois, a Joana estava a ter uma mudança incrível . Estava muito mais participativa e alegre, porque se sentia segura e percebeu que se amava muito e isso fez toda a diferença para ela.
Cada criança é um mundo muito especial, cheio de magia. Quando estou a trabalhar com elas inevitavelmente o meu eu criança salta de alegria e participa em cada joguinho, em cada brincadeira que promovo na sessão para chegar ao mundo encantado de cada menino e menina que vem ter comigo. Muitas vezes, muito mais do que possam imaginar o trabalho é com os pais. Primeiro com os pais, depois com os pais e só depois com a criança.
Não podemos ter crianças atentas na escola se temos um ambiente familiar sem afecto, ou pais ansiosos , ou numa família onde a criança está lá como resultado de um acidente de percurso e agora é uma responsabilidade. Tudo tem um começo e nunca é na criança, é nos adultos. Ajudamos pais e filhos a se conhecerem por dentro, a entenderem o porque dos seus comportamentos, a respeitar as suas escolhas, a perdoar e a tornarem-se uma família mais feliz.
Organização e técnicas de estudo
1 – Dar as instruções de maneira clara e oferecer ferramentas para organização da criança. Incentivar o uso de agendas, calendários, post-it, blocos de anotações e uso de outras ferramentas tecnológicas que o aluno considere adequado para a sua organização.
2 – Na medida do possível, supervisionar e ajudar a criança a organizar os seus cadernos, mesa, armário ou arquivar papéis importantes.
3 – Orientar a criança para que os cadernos e os livros sejam “encapados” com papéis de cores diferentes. Exemplo: material de matemática – vermelho, material de português – azul, e assim sucessivamente. Este procedimento ajuda na organização e memorização dos materiais.
4 – Incentivar o uso de pastas plásticas para envio de papéis para casa e retorno para a escola. Desta forma, todo o material impresso fica condensado no mesmo lugar minimizando a eventual perda do material.
5 – Utilizar frequentemente a caderneta escolar como canal de comunicação entre o professor e os pais.
6 – Estruturar e apoiar a gestão do tempo nas tarefas que exigem desempenho em longo prazo como por exemplos trabalhos de pesquisa.
7 – Ensine e dê exemplos frequentemente. Use folhas para tarefas diárias ou agendas.
Dicas para aumento de atenção e concentração
- Ensinar a criança a não interromper as atividades: tentar finalizar tudo aquilo que começa.
- Estabelecer uma rotina diária clara e consistente: hora de almoço, de jantar e trabalhos de casa, por exemplo.
- Priorizar e focalizar o que é mais importante em determinadas situações.
- Organizar e arrumar o ambiente como um meio de otimizar as chances para sucesso e evitar conflitos.
- Manter em casa um sistema de código ou sinal que seja entendido por todos os membros da família.
- Manter o ambiente doméstico o mais harmónico e o mais organizado quanto possível.
- Reservar um espaço arejado e bem iluminado para a realização dos trabalhos de casa.
- Dar instruções diretas e claras, uma de cada vez, a um nível que a criança possa corresponder.
Contacte-nos, teremos muito gosto em esclarecer as suas dúvidas sobre dificuldade de aprendizagem.